O empresário Deda Claudino não poupou críticas à gestão de Léa Toscano (União) em Guarabira. Em entrevista à Rádio Cultura, no último sábado (5), ele, que foi candidato a deputado federal em 2022 e preside o MDB, partido que integra a base da prefeita, disse que quem administra a cidade é a deputada Camila Toscano (PSDB).
"Eu trato hoje como governo da 'prefeita Camila', quem manda na Prefeitura de Guarabira hoje é Camila", disse o empresário.
Deda ainda avaliou como desastrosos os primeiros seis meses da gestão. "Dos primeiros 180 dias: desastrosa. Lamentavelmente. Eu não esperava essa atitude da 'prefeita Camila' Pela sua história, pelo seu patamar financeiro, eu nao esperava ela fazer na cidade de Guarabira o que vem fazendo. É lamentável", disse.
Ele exemplificou sobre a licitação de veículos feitos pela prefeitura de Guarabira a uma empresa de fora, tirando o contrato de empresários locais.
"Recentemente ela fez uma locação de mais de 1 milhão de reais em veículos, de uma empresa ninguém sabe lá de onde e deixou os pais de familia de Guarabira, que tinha seus carros locados, todos desamparados. Ela tirou 1 milhão de reais de Guarabira e levou não sei pra onde", declarou o empresário.
Claudino ainda declarou fez críticas a gestão da saúde no município. "A saúde de Guarabira nunca esteve tão doente como está hoje. Está passando da UTI, esta quase morta".
Brinca de ser prefeita
Deda afirmou que, ao acumular a gestão da cidade com o mandato na Assembleia, Camila Toscano brinca de ser prefeita. "Vieram pra brincar de prefeito, porque uma cidade como Guarabira, com um orçamento de R$ 270 milhoes por e voce acha que vai administrar isso, vindo aqui terça quarta e quinta acumulando dois cargos de deputada e de prefeita isso nao vai dar certo".
Ele ainda disse que se as eleições fossem hoje, o grupo Toscano perderia com mais de 5 mil votos. "Toda a preocupação, hoje, da 'prefeita Camila' é o seu mandato de deputada, só que ela não vê as pessoas que estao abandonado o barco dela, se as eleições fossem ela perdia com mais de 5 mil votos", declarou.
O empresário ainda comentou que após o rompimento dos vereadores Alcides Camilo (PL) e Gerson Farias (PL), além do ex-prefeito Marcus Diogo, outros vereadores também deixarão a base de Léa e Camila.
Ele atribuiu a má gestão aos desmandos de Camila no governo e afirmou que as decisões são tomadas apenas para benefícios pessoais e políticos da deputada. "Só está tomando decisão que venha beneficiar o seu mandato de deputada estadual".
Vice sem autoridade
Deda, que é amigo pessoal e integra o mesmo partido que o vice-prefeito Raimundo Macedo (MDB), disse que ele não tem autoridade nenhuma na gestão. "Léa falou que Raimundo seria o prefeito da Zona Rural. Coitado do vice-prefeito. Ele não tem autoridade de mandar botar um carro de metralha na estrada", declarou.