A população de Pirpirituba, no Agreste paraibano, foi surpreendida com a paralisação das obras de asfaltamento do programa Travessias Urbanas, do Governo da Paraíba. Segundo informações, a decisão partiu do prefeito Danilo Rocha, que impediu a pavimentação de ruas no Centro e no bairro da Caixa D’Água, levando à retirada do maquinário que já se encontrava na cidade.
O prefeito teria justificado o impedimento alegando a necessidade de realizar serviços de drenagem antes da pavimentação. Contudo, até o momento, nenhum projeto técnico para tal intervenção foi apresentado à população ou aos órgãos competentes. Fontes políticas locais, no entanto, apontam que a motivação seria de cunho político, uma vez que a articulação para a chegada do asfalto foi liderada por seu grupo de oposição.
A medida gerou forte reação de lideranças da oposição. O ex-candidato a vice-prefeito, Anderson Fernandes, e os vereadores Ricarlleson, Gil de Lulu e Ronaldinho, classificaram a atitude como prejudicial à cidade. "O prefeito persegue quem não está ao lado de seu projeto de poder. Enquanto isso, Pirpirituba fica sem obras importantes e a população paga o preço por essa política atrasada", declararam em conjunto.
Este não é um caso isolado na gestão de Danilo Rocha. Recentemente, o prefeito foi acusado de barrar a construção de uma passagem molhada na comunidade de Várzea Comprida, obra com recursos já garantidos. Além disso, enfrentou uma derrota judicial ao tentar impedir a realização de um evento festivo organizado por adversários políticos.
Para os moradores, o bloqueio das obras do Travessias Urbanas representa um retrocesso. Os benefícios diretos, como a melhoria da mobilidade urbana, a segurança no trânsito e a valorização dos imóveis, foram adiados indefinidamente, deixando um sentimento de frustração e prejuízo para o desenvolvimento de Pirpirituba.